Projeto Político Pedagógico

O Curso Superior de Licenciatura em Química, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (IFAC), Campus Xapuri, através do Centro de Referência. Está orientado sob fundamentos teóricos e metodológicos visando efetivar a tríade: ensino, pesquisa e extensão; objetivando formar profissionais qualificados para atuarem na Educação Básica e em outros espaços educativos, formais ou informais, bem 

como capazes de prosseguirem seus estudos na pós-graduação. Espera-se ainda possibilitar a formação de cidadãos com embasamento teórico-metodológico, visando à construção de aprendizagens significativas, instrumentalizando o futuro professor para posicionar-se de maneira crítica, criativa, responsável, construtiva e autônoma no processo escolar e social.
A proposta curricular para a Licenciatura em Química está estruturada de acordo com o Parecer CNE/CES nº 1.303/2001 que trata das Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura proposto pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, na Resolução CNE/CES nº 8/2002 que estabelece as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química e na resolução CNE/CP nº 02/2015 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada, de maneira a propiciar ao egresso deste curso:
• Formação generalista, visando o desenvolvimento de atitude crítica, reflexiva e criativa, na solução de problemas e na condução de atividades do magistério;
• Formação humanística, norteada pela ética em sua relação com o contexto cultural, socioeconômico e político;
• Utilização de forma racional e responsável o conhecimento químico adquirido e avaliar suas implicações no meio ambiente, respeitando o direito à vida e ao bem-estar dos cidadãos;
• Identificação de questões e problemas socioculturais e educacionais, com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras;
• Promoção de diálogo sobre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas e religiosas próprios da cultura local;
• Capacidade de expressão oral e escrita em língua nacional;
Capacidade de relacionar a linguagem dos meios de comunicação à educação, nos processos didáticos e pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento da aprendizagem;
• Capacidade de analisar situações e posicionando-se criticamente frente aos movimentos educacionais, aos objetivos do ensino de Química e às mudanças constantes da 

prática pedagógica;
• Articulação das atividades de ensino de Química na organização, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas da escola;
• Elaboração e análise de materiais didáticos, como livros, textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem, entre outros;
• Visão abrangente da atuação do educador no desenvolvimento de uma consciência cidadã como condição para a construção de uma sociedade mais justa e democrática;
• Visão crítica do papel da Química nas relações sociais, entendendo-a como uma ciência que influencia o processo histórico-social;
• Visão crítica dos problemas educacionais brasileiros e habilidade para propor soluções adequadas a esses problemas;
• Percepção da complexidade do processo educativo e das relações que se estabelecem nos processos pedagógicos;
• O profissional formado terá a titulação de Licenciado em Química podendo atuar como docente de Química na Educação Básica, como pesquisador e em empresas dos mais variados segmentos (ver as atribuições do Licenciado);
• Desempenho de cargos e funções na gestão e organização das instituições de educação básica, planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas educacionais;
• Continuidade a sua formação acadêmica ingressando preferencialmente em cursos de Pós-Graduação latu e stricto sensu nas áreas de Ensino de Química, Educação, Divulgação Científica ou qualquer das subáreas da Química;
• Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos; elaboração de pareceres, laudos e atestados, no âmbito das atribuições respectivas;
• Exercício do magistério, respeitada a legislação específica;
• Ensaios e pesquisas em geral. Pesquisa e desenvolvimento de métodos e produtos. Emprego da educação como forma de promoção social do educando, levando-o ao pleno exercício de sua cidadania.

Possuir as competências e habilidades necessárias para o ensino de Química, vendo estas como linguagens de criação de modelos que permitam interpretar o mundo e prever acontecimentos além das nossas percepções sensoriais;
 Conhecer os principais modelos científicos nas diversas áreas da Química e ser capaz de usá-los para introduzir seus alunos as novas concepções sobre energia e matéria, a evolução geológica e ambiental do planeta Terra, assim como sobre os organismos vivos, sua evolução seu meio ambiente e seu comportamento.
 Possuir domínio das principais teorias científicas com detalhes, especialmente na parte experimental, de tal modo a ser capaz de ensinar como o conhecimento científico se traduz em tecnologia e em explicar a aplicação desta nos processos tecnológicos mais usados em nossa sociedade;
 Estar apto para produzir conhecimento no âmbito científico, em particular na área de Química com a geração de métodos e materiais de ensino inovadores.

De acordo com parecer CNE/CES 1.303/2001 e a partir do desenvolvimento das atividades curriculares dos Núcleos Contextual, Estrutural e Integrador os alunos deverão possuir ao final do Curso de Licenciatura em Química, as seguintes competências e habilidades:

Curso Superior de Licenciatura em Química no Centro de Referência, do IFAC Campus Xapuri em Epitaciolândia, enquanto formador de professores, deverá contemplar a construção e reconstrução dos conceitos científicos, sempre ligados a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais. Estes professores (alunos) além de assimilar os conhecimentos químicos que fundamentam, devem ser capazes de refletir, criticamente sobre o papel da química no contexto histórico atual, seja no âmbito macro e também no âmbito local.
O currículo do Curso Superior de Licenciatura em Química no Centro de Referência, está organizado de modo a garantir o desenvolvimento global do discente, desenvolver no educando uma atitude técnico-científica, que é o interesse em descobrir, saber o porquê, questionar e propor soluções, devendo esta atitude estar presente em todas as atividades desenvolvidas no curso e ser levada pelo educando para seu ambito profissional, conforme as diretrizes fixadas pelo Parecer CNE 1.303/2001, na Resolução CNE 8/2002 e na Resolução CNE 02/2015.
Para tanto, as disciplinas de cada período letivo foram pensadas com intuito de adaptar--se às distintas realidades regionais, permitindo a inovação permanente e mantendo a unidade e a equivalência dos processos formativos.
O currículo será desenvolvido buscando diversas formas de organização metodológicas de ensino, cujas ações promovam aprendizagens mais significativas, a participação, a colaboração e o envolvimento dos discentes na constituição gradual da sua autonomia nos processos de aprendizagem e, além disso, estejam sintonizadas com as exigências e objetivos do curso. Nesse contexto, o estabelecimento de relação direta entre a teoria e prática é extremamente importante, são inseparáveis e fundamentais para a formação do professor, pois é a partir da relação teoria e prática da didática que o professor poderá planejar e entender o processo de ensino-aprendizagem. A prática deve estar baseada na teoria para que articuladas, possam possibilitar uma prática pedagógica crítica e transformadora da realidade.
O professor assume um papel de caráter fundamental, pois deverá diagnosticar, de forma adequada, o perfil discente e fazer uso de metodologias que potencialize o processo ensino e aprendizagem, buscando sempre associar a teoria e prática, promovendo a 

interdisciplinaridade. Passando a ser um facilitador da construção do conhecimento, dentro e fora da sala de aula, partindo de um olhar sobre os saberes e o contexto socioeconômico e cultural dos seus alunos.
No seu fazer pedagógico, o professor deverá estar mais preocupado em formar competências, habilidades e disposições de conduta do que com a quantidade de informações. Desta forma, a interação professor/aluno deve ser compreendida como um aspecto fundamental da organização escolar.
De acordo com a Resolução CONSU/IFAC nº 002/2018, caberá a cada professor definir, em plano de ensino de sua disciplina, as melhores estratégias, técnicas e recursos para o desenvolvimento educacional. As metodologias acolhidas por cada docente deverão constar nos Planos de Ensino das disciplinas e focar nos objetivos do curso, no perfil desejado do egresso e na ementa disposta nesse PPC. Para que tais premissas sejam contempladas, os Planos de Ensino serão submetidos a aprovação periódica do Colegiado do Curso.
Ao escolher as estratégias de ensino, sugere-se que elas sejam as mais diversificadas possíveis, sendo que o planejamento acadêmico deve assegurar, em termos de carga horária e de planos de estudos, o envolvimento do aluno em atividades, individuais e em equipe. As estratégias e metodologias deverão ser empregada como forma de incentivar o olhar do discente para outras realidades possíveis, além do contexto atual, conscientizá-lo do seu potencial, enquanto sujeito transformador da sua realidade e mostrar que sua imagem profissional tem sua formação iniciada desde sua vivência em sala de aula e não apenas depois de integralização do curso.
As metodologias inovadoras, de acordo com os princípios de Berbel (2011), têm como objetivo promover o desenvolvimento do processo de formação do professor, empregando experiências reais ou simuladas. Essas abordagens visam capacitar os futuros professores para enfrentarem com sucesso os desafios inerentes à prática pedagógica em diferentes contextos, utilizando a pesquisa aplicada como mediação e oferecendo retorno à Educação Básica por meio de projetos de intervenção e extensão tecnológica.
A decisão do Núcleo Docente Estruturante (NDE) de implementar essas metodologias no Projeto Político-Pedagógico (PPC) tem como intuito solucionar a questão apontada por Tedesco (2010). Ele destaca que muitas soluções têm sido propostas na área da educação, porém, muitas delas não se aplicam aos problemas reais enfrentados pelas redes de ensino. Portanto, a ideia é direcionar o foco para a resolução dos problemas concretos que afetam 

efetivamente as práticas educacionais em diferentes escolas e ambientes de ensino.
As metodologias inovadoras implicam em romper com os métodos tradicionais de ensino e aprendizagem. Elas envolvem uma gestão participativa, permitindo que os estudantes tenham um papel ativo na definição dos caminhos e critérios do processo educacional. Além disso, essas abordagens reconfiguram os saberes, abrangendo competências, arte e experiências pessoais dos alunos.
Há uma reorganização da relação entre teoria e prática, buscando uma experiência de ensino/aprendizagem mais integrada e contextualizada. A percepção sobre como conceber, desenvolver e avaliar a aprendizagem também passa por mudanças significativas.
O papel do docente nesse contexto é atuar como mediador, estabelecendo relações sócio afetivas com os alunos para promover uma aprendizagem mais significativa, levando em conta a subjetividade e o conhecimento individual de cada estudante. O protagonismo dos alunos é valorizado, reconhecendo que tanto eles quanto os professores são sujeitos ativos na prática pedagógica, incentivando a produção de conhecimento pelos estudantes.
O planejamento das disciplinas deve adotar a abordagem do problema como um elemento motivador para a aprendizagem. Isso significa que o ensino deve se basear na metodologia da problematização, na qual os estudantes são confrontados com desafios e problemas relacionados à vida em sociedade, que se transformam em questões de conhecimento a serem exploradas.
Ao criar esse cenário desafiador, desperta-se o interesse e o desejo dos alunos em construir e investigar soluções para o problema proposto. A presença de um problema relevante socialmente estimula o aluno cognitivamente, incentivando-o a buscar respostas e soluções. Essa abordagem coloca o estudante como protagonista do processo de aprendizagem, pois a resolução de problemas requer participação ativa, rompendo com a simples transmissão de informações e permitindo um diálogo entre os envolvidos.
Essencialmente, é fundamental que haja uma conexão entre teoria e prática, proporcionando desafios que tornem o conhecimento significativo para os alunos. Dessa forma, a associação entre os conceitos teóricos e a aplicação prática torna-se mais efetiva, estimulando o desenvolvimento de habilidades e competências relevantes para a vida dos estudantes.
A opção pela abordagem da problematização foi feita com o objetivo de superar a aprendizagem mecânica, buscando que os estudantes alcancem uma compreensão mais 

profunda e complexa das relações presentes nas situações problemáticas em estudo (MORETTO, 2009).
Essa escolha ganha ainda mais relevância diante da crescente demanda da sociedade por maior qualificação técnica, visando a ampliar as oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que é reconhecida a importância de fortalecer a cidadania e seus impactos no desenvolvimento social.
Assim, ao adotar a abordagem da problematização, os estudantes são incentivados a se tornarem construtores ativos de significados em seu processo educativo. Os docentes desempenham um papel crucial, criando um ambiente que favoreça essa construção e levando em conta as experiências de vida dos alunos. Dessa forma, o estudante se integra a um universo simbólico que facilita a acomodação e a assimilação do conhecimento (PIAGET, 2002). Em outras palavras, ao serem desafiados a resolver problemas reais, os alunos são levados a internalizar o conhecimento de forma mais significativa e a estabelecer conexões com suas experiências prévias, tornando o aprendizado mais profundo e duradouro.
Para implementar uma metodologia de ensino inovadora e problematizadora, é necessário que o planejamento do docente seja desenvolvido em parceria com os alunos no início de cada período letivo. Nessa abordagem, a definição do tema da disciplina pode ocorrer de forma colaborativa, levando em conta as perspectivas, interesses e necessidades dos estudantes.
Uma maneira de abordar o tema da disciplina é iniciar um diálogo aberto com os alunos, permitindo que eles expressem suas ideias, curiosidades e preocupações em relação ao assunto. Isso pode ser feito por meio de debates, discussões em grupo, questionários ou outras atividades que promovam a participação ativa dos estudantes. A partir desse ponto de partida, o docente pode então guiar os alunos na identificação de questões-chave relacionadas ao tema, estimulando-os a levantar problemas reais ou situações desafiadoras que merecem ser exploradas e compreendidas.
Esse processo de identificação e problematização pode envolver também a pesquisa em fontes diversas, como textos, artigos, vídeos ou entrevistas, para ampliar a compreensão do contexto do tema.
Além disso, é fundamental que o docente esteja aberto a adaptar e flexibilizar o plano de ensino de acordo com o interesse e progresso dos alunos ao longo do período letivo. Essa flexibilidade permite que a abordagem seja mais dinâmica e adaptada às necessidades reais 

dos estudantes, tornando o aprendizado mais significativo e engajador.
A adoção do planejamento coletivo representa uma valiosa oportunidade de formação. Nesse contexto, é essencial priorizar competências que promovam a autonomia dos estudantes e estabeleçam relações de ensino-aprendizagem baseadas no diálogo.
O Núcleo Docente Estruturante (NDE) preocupou-se em garantir, dentro da matriz curricular, uma carga horária significativa destinada às atividades práticas e de extensão, com o objetivo de formar professores-pesquisadores. Isso significa preparar os futuros docentes para problematizar a realidade escolar, repensar suas próprias práticas e propor soluções inovadoras através de novos métodos e materiais de apoio ao ensino.
Particularmente, as disciplinas de "Prática como componente Curricular" têm o propósito de proporcionar uma abordagem metodológica inovadora. Elas serão abordadas a partir de temas ou problemas diretamente relacionados ao cotidiano do exercício profissional, incentivando os estudantes a desenvolverem soluções concretas. Dessa forma, a ênfase é deslocada do docente para conferir protagonismo ao professor em formação.
O objetivo final é capacitar os futuros educadores a serem agentes ativos em suas próprias jornadas de aprendizagem, estimulando a reflexão constante sobre sua prática e capacitando-os a contribuir positivamente para o aprimoramento da educação através de abordagens inovadoras e contextualizadas.

Avaliação dos docentes responsáveis pelas disciplinas, realizada pelos discentes, contemplando a gestão do Curso e a Comissão Própria de Avaliação - CPA, será realizada em consonância com o SINAES.
A autoavaliação desempenha, ademais, um papel relevante como um dos instrumentos 

orientadores para a formulação do planejamento estratégico anual e para as decisões da Administração. A coleta, análise e avaliação criteriosa dos dados, bem como a organização das informações obtidas, servem a propósitos específicos que têm por objetivo impulsionar políticas internas e sugerir ações corretivas voltadas para a retenção e sucesso dos alunos, visando, desse modo, a redução das taxas de evasão e repetição.
O processo de avaliação, alicerçado nos instrumentos previamente mencionados, é contínuo e interativo, abrangendo anualmente todas as esferas institucionais. Tais avaliações são tratadas de maneira ética e crítica, embasando a implementação de medidas corretivas no compromisso inabalável da instituição em proporcionar uma educação de excelência.

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) baseia-se no relatório final elaborado pelo INEP/MEC para efetuar uma avaliação do desempenho dos estudantes, assim como dos processos de ensino executados pela equipe docente. Após a disponibilização do relatório do curso pelo INEP, o NDE conduz uma análise minuciosa, identificando os pontos frágeis e os pontos fortes do curso, e, por fim, formula um plano de ações a ser implementado no âmbito do curso.
O ENADE é um componente obrigatório presente em todas as disciplinas do nosso curso, funcionando como um guia que orienta a busca pela qualidade na formação dos estudantes. Vai além da avaliação, impulsionando melhorias no ensino e na aprendizagem, refletindo nosso compromisso com a excelência acadêmica. Sua presença contínua transforma-o em uma influência transformadora que nos inspira a alcançar padrões elevados de ensino.

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